O que são interseções e quais são os principais tipos?

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Os encontros entre rodovias, sendo elas federais ou estaduais, dando acesso aos municípios ou às vias arteriais do transporte interestadual, representam as interseções.

Basicamente, há dois grandes grupos definidos em função dos planos em que se realizam os movimentos de cruzamento: interseções em nível e interseções em níveis diferentes.

As interseções em nível podem ser definidas em três tipos:

Primeiro tipo – Em função do número de ramos:

– Interseção de três ramos ou em ‘T’: interseção em nível com três ramos. A designação ‘T’ decorre de ser comum que um dos ramos se situe no prolongamento de outro.

– Interseção de quatro ramos: interseção em nível com quatro ramos.

– Interseção de ramos múltiplos: interseção em nível com cinco ou mais ramos.

Segundo tipo – Em função das soluções adotadas:

– Mínima: solução sem nenhum controle especial, aplicável normalmente onde o volume horário total (dois sentidos) em termos de (UCP) da via principal for inferior a 300 e o da via secundária for inferior a 50.

– Gota: solução que adota uma ilha direcional do tipo ‘gota’ na via secundária com a função de disciplinar os movimentos de giro à esquerda.

– Canalizada: solução em que os movimentos do tráfego têm suas trajetórias definidas pela sinalização horizontal, por ilhas e outros meios, com o objetivo de minimizar os seus conflitos.

– Rótula (rotatória): solução em que o tráfego se move no sentido anti-horário ao redor de uma ilha central.

– Rótula vazada: solução em que as correntes diretas da via principal atravessam uma ilha central em torno da qual as demais correntes circulam no sentido anti-horário.

Terceiro tipo – Em função do controle de sinalização:

– Sem sinalização semafórica (luminosa): típica de zonas rurais onde o fluxo é controlado por sinalização horizontal e vertical.

– Com sinalização semafórica (luminosa): típica de zonas urbanas onde o fluxo é controlado por semáforo.

As interseções em níveis diferentes podem ser de dois tipos:

Primeiro tipo – Cruzamento em níveis diferentes sem ramos:

– Quando não há trocas de fluxos de tráfego entre as rodovias que se interceptam, ou seja, o cruzamento em desnível não tem ramos de conexão. As vias se cruzam em níveis diferentes por meio de estruturas de separação dos greides.

Esses cruzamentos são designados por:

– Passagem Superior: quando a rodovia principal passar sobre a via secundária.

– Passagem Inferior: quando a rodovia principal passar sob a via secundária.

Interconexão:

– Quando, além do cruzamento em desnível, a interseção possui ramos que conduzem os veículos de uma via à outra.

Normalmente as interconexões são classificadas em sete tipos básicos:

– Interconexão em ‘T’ ou ‘Y’: interconexão com três ramos. O aspecto geral do projeto faz com que seja designada por ‘T’ ou ‘Y’. Quando uma das correntes de tráfego de um ramo executar giro próximo de 270° a interconexão é designada por ‘trombeta’.

– Diamante: interconexão em que a via principal apresenta, para cada sentido, uma saída à direita antes do cruzamento e uma entrada à direita após o mesmo. As conexões na via secundária são interseções em nível.

– Trevo completo: interconexão em que, nos quatro quadrantes, os movimentos de conversão à esquerda são feitos por laços (loops) e à direita por conexões externas aos laços.

– Trevo parcial: interconexão formada pela eliminação de um ou mais ramos de um trevo completo, apresentando pelo menos um ramo em laço.

– Direcional: interconexão que utiliza ramos direcionais para os principais movimentos de conversão à esquerda. Quando todos os movimentos de conversão são feitos por ramos direcionais, a interconexão chama-se ‘totalmente direcional’.

– Semidirecional: interconexão que utiliza ramos semidirecionais para os principais movimentos de conversão à esquerda.

– Giratório: interconexão que utiliza uma interseção rotatória (rótula) na via secundária.


Conteúdo atualizado em setembro de 2022.